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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

encerrado

e percebeu que da vida nada queria que não fosse fazer o bem. bem quieto, bem certo de que pra isso viveu e restou. e se arrastou pelos sonhos, desdenhou do destino, dos seus medos medonhos, que seus olhos meninos temiam encontrar. se embriagou da vida, riu de seus ledos enganos, de suas falsas verdades, que seu mundo insano falhou em realizar. e se contorceu de agonia, amadureceu a ironia do querer sem amar. e amou. e desamou. e se desarmou de verdade. e se armou de vontades.
e desaprendeu a sonhar. e sonhou em aprender um dia gostar de alguém que não ele mesmo. e chamou: sem resposta. e chorou o leite derramado, e a ignorada proposta que seu coração, ultrajado, conseguiu sussurrar. e se resignou em tristeza. fortaleceu a destreza de não saber se portar. e cansou. e se pôs a pensar... e pensou como pôde um dia deixar de ter o que teve pra nada restar. restando sozinho, encerrado. somente em si mesmo, ensimesmado.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

hipocrisiaisircopih

por favor!
embora 
nunca vá 
pedir...
queria
sua ausência.
não suporto 
sua companhia.
você me é indiferente.
jamais poderia dizer que
eu te amo.
você talvez não saiba, mas
é a verdade.
ainda não contei, mas
em algum momento, te esqueci.
seria mentira dizer que
todos os dias penso em ti.
acontece que 
minha vida é melhor sem você.
loucura é acreditar que
estar contigo me faz bem.
não aguento mais silenciar que
não dá mais!